Leonardo Gloor, diretor da Fundação ArcelorMittal, bate papo com atletas do Olympico

22/06/2016 - 15h39, por Carolina Alves



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Leonardo Gloor, diretor da Fundação ArcelorMittal, nos deu a honra de dedicar uma tarde para bater um papo com nossos jovens atletas. Iniciando uma parceria com o Olympico Club, a ArcelorMittal tem demonstrado uma participação efetiva e, por que não dizer, motivadora junto aos atletas das categorias de base. Em um encontro bastante descontraído, os jovens tiveram a oportunidade de compartilhar do conhecimento e experiência de Leonardo Gloor, em relação à filosofia e atuação da empresa no incentivo ao esporte em geral.

Quem iniciou a “entrevista” foi Gabriel Gatti, atleta da equipe Infanto-juvenil do Olympico.

G. A empresa tem costume de realizar torneios internos entre os funcionários para incentivar o esporte?
G. A ArcelorMittal tem muitas unidades industriais, no Brasil são 29, algumas bem grandes, outras menores. Por isso, não conseguimos juntar todos os funcionários para fazer torneios. Mas a empresa tem clubes recreativos na maioria das cidades e, nestes, há realização de competições nas diversas modalidades, mais na linha recreativa do que competitiva. É muito grande o incentivo para que os funcionários participem, uma vez que o esporte traz disciplina, organização, foco, espírito de equipe e tudo isso estimulado de forma lúdica, com certeza, reflete no trabalho dentro da empresa. Além disso, o esporte auxilia na preservação da saúde e gera benefícios para o ser humano. É evidente o tanto que ele contribui para a vida do adulto porque traz uma série de ganhos, responsabilidade e influencia positivamente no comportamento da pessoa. A ArcelorMittal preza a saúde e o bem-estar de seus funcionários. Posso contar para vocês uma experiência própria. Fui sócio-atleta do Olympico, entre 12 e 13 anos, equipes Pré-mirim e Mirim de Futebol de Salão e disputei campeonatos interclubes. Depois, joguei Basquete e Vôlei. Naquela época, ainda não existia o Ginásio. (Pausa para um sorriso e… Vejam como sou “jurássico”.) O Olympico está na minha formação, no meu coração, embora nunca tenha sido sócio. Lembro-me de vários técnicos: Maçã, Papagaio, Julinho Paletó falecido há pouco tempo. Bom, o que quero contar é sobre uma passagem que me marcou muito. Há 43 anos, na primeira partida de Futsal que disputei no Campeonato Interclubes, eu era reserva do time e, louco para jogar, quando pude entrar em campo, um lateral adversário esbarrou nas minhas costas e fiz um movimento brusco de defesa. Resultado, nem cheguei a pegar na bola, em cinco segundos fui expulso. Um aprendizado imenso para a minha vida! Um fracasso total. Aprendi a vacilar menos.

Naila Macedo, 13 anos, é quem faz a próxima pergunta. O que a ArcelorMittal espera de nós, atletas?

L.G. Uma empresa tem um conjunto de valores e princípios para funcionar. Respeito interno entre as pessoas, preocupação com a imagem perante a sociedade. Muitas empresas precisam da publicidade para vender seus produtos. No caso da ArcelorMittal, o produto fabricado é aço, ou seja, não é um produto que se vai ali na esquina e compra-se. Então, por que investir em patrocínio? Primeiro, porque existem legislações que facilitam para que as empresas patrocinem projetos bem feitos, organizados, como os do Olympico e muitos dos demais clubes que têm projetos inscritos em Leis Federais, Estaduais e Municipais de Incentivo ao Esporte. Muitas empresas simplesmente dão o dinheiro para que seu nome apareça nas divulgações do clube. Na ArcelorMittal não funciona assim porque acreditamos que, ao apoiar os atletas, estamos contribuindo para uma sociedade melhor, para existirem pessoas com qualidade de compromisso, de disciplina, ou seja, contribuímos para a formação de pessoas melhores. O dinheiro é do governo, ou seja, da quantia que íamos pagar impostos, o governo permite que seja retirado um percentual para patrocinar esse tipo de projeto esportivo. Mas estaremos sempre de olho se o projeto está sendo bem executado, se os atletas têm uniforme adequado e se tem uma equipe de profissionais competentes nesta tarefa de cuidar, atender e gerir para que as pessoas tenham, no esporte, uma forma de desenvolvimento. Se essa equipe tiver vitórias será ótimo. Mas a nossa principal expectativa é que o Olympico consiga fazer um trabalho bem feito com o maior número de atletas. São centenas de atletas. Aqui, tem… 370 jovens no total! Posso comparar com uma fábrica nossa, em Piracicaba, que produz um milhão de toneladas de aço. É muita gente para ser trabalhada. Mas, volto a frisar que o importante para nós não é o número de atletas, poderiam ser só 100. O que importa é a qualidade do trabalho do clube e, aqui, no Olympico, a gente conhece. Esperamos de vocês que sejam pessoas melhores!

Layra Arantes, 17 anos deseja saber: Qual a expectativa que a ArcelorMittal tem dessa parceria com o nosso Clube?

L.G. Expectativa de estar contribuindo com um Clube que tem tradição, uma história super importante para Belo Horizonte, para o bairro da Serra e para o esporte especializado. Como já disse, há 40 anos, o Olympico ganhava tudo na modalidade de Futebol de Salão e no Vôlei, também. Então, sabemos que quando apoiamos este Clube, estamos apoiando gente séria. Existem muitos pilantras por aí que têm projeto, mas não executam o que foi projetado. Por isso, escolhemos o Olympico, pela qualidade. Desejamos que essa parceria seja duradoura porque estamos muito felizes com o retorno: a seriedade, a quantidade de atletas, a estrutura montada para atender vocês. E eu digo em nome da ArcelorMittal, mas vejo que existem outros patrocinadores que devem estar também muito satisfeitos com o que o Clube oferece. E a nossa presença insistente, acompanhando sempre é porque damos valor a essa parceria e porque zelamos pelo nome da ArcelorMittal. A coisa mais importante para uma empresa é o nome dela. Se é séria, qualquer produto que ela fabrique vai ter credibilidade. Então, quando associamos o nome da empresa com um clube da projeção do Olympico, estamos confirmando que somos uma empresa séria porque somos parceiros de um Clube sério.

Pedro Maciel, 18 anos: A gente gostaria de saber se a ArcelorMittal promove, para seus funcionários, palestras informativas sobre esporte, qualidade de vida?

L.G. Sim e muito. Esse um tema muito importante. A indústria siderúrgica, onde estamos inseridos, não se limita a fabricar o aço. Existem várias etapas de transformação desse aço até que seja um arame, um grampo, uma mola. É um processo muito longo e que tem riscos envolvidos. Riscos de saúde, integridade física, como quaisquer atividades industriais. Portanto, a coisa mais importante para a ArcelorMittal são as pessoas que trabalham lá. Olhando para dentro, máquina se compra, mas quem vai conduzir a máquina tem que saber que precisa se cuidar e do colega que está ao seu lado. Tem que ter saúde. Tem uma série de questões, muitas iniciativas que envolvem saúde, segurança, integridade física. Há 15 dias, no final de abril, aconteceu o Dia Mundial da Segurança na ArcelorMittal. Todas as suas unidades industriais no mundo, 290 mil empregados e mais de 60 usinas e fábricas, param e conversam o dia inteiro sobre segurança. Em setores que não podem parar, os funcionários se revezam. Em outubro, é a vez do Dia Mundial da Saúde. Então, a empresa dedica muito tempo e dinheiro para passar para as pessoas a importância delas se cuidarem e de quem está perto delas. É muito ruim quando temos notícia de que um colega morreu. A empresa leva esse assunto muito a sério. Por isso, incentiva que um funcionário chame o gerente para mostrar que o colega está operando máquina sem luvas, por exemplo. E o esporte está embutido na questão da saúde. Há uma série de itens super rígidos, regras para garantir a integridade física das pessoas. A ginástica laboral para os empregados existe nas unidades industriais porque as funções repetitivas exigem que o corpo seja trabalhado. Nas administrativas, não é regra geral, depende do gestor. O SESI tem um programa muito extenso e nos dá apoio.

Pedro Maciel, 18 anos: Quais as medidas que a ArcelorMittal está tomando nesse momento de crise?

L.G. São muitas. A crise está pegando todo mundo. Diminuiu a produção e voltou o foco comercial para exportação. Também está sendo uma oportunidade de avaliar todos os processos internos em todas as áreas. É um momento duro, apesar da ArcelorMittal ter sido a indústria que menos demitiu. Esta é uma pergunta importante porque se a empresa vende menos, tem menos recurso para aplicar em incentivo à cultura e ao esporte. É um risco que corremos. Mas acho que o patrocínio do Olympico não está em risco porque para aprovação dos projetos a serem patrocinados, há um comitê que analisa uma série de critérios que nos oferecem mais segurança: o número de pessoas a beneficiar, a seriedade do proponente, onde está localizado e se já existe há muito tempo. E o Olympico atende todos os critérios. A ArcelorMittal não vai parar. O país está só diminuindo a produção e espera-se que volte a recuperar um pouco. Mesmo no auge da crise, ela não parou. A produção caiu 30%, ou seja, 30% menos de verba para investir. E por isso, vamos continuar investindo nos melhores parceiros e projetos, sendo que estes não têm perspectiva de serem encerrados.

Rafaela Almeida, coordenadora de Marketing: Qual o motivo do apoio à base e, não, a um atleta de ponta? A um programa que beneficia muitas crianças e jovens?

L.G. Há muitas justificativas. Eu não considero errado, menos importante, patrocinar um atleta de ponta. O Brasil precisa de mais destaque em todas as modalidades esportivas. Nossa opção por investir na base, na formação de atletas, repito, é uma contribuição para a sociedade.  A ArcelorMittal tem um slogan “Transformando o amanhã” e nós achamos que contribuímos para a transformação do amanhã do país, fortalecendo a juventude, oferecendo-lhe a oportunidade de um desenvolvimento melhor. Ter um alcance maior, mais gente sendo beneficiada, particularmente, acho que é uma atitude mais democrática. Repito, não acho errado patrocinar só um atleta porque uma conquista individual, medalha de ouro, é um fator de muito estímulo aos jovens para escolherem aquela modalidade. Mas se fizéssemos uma mudança de rumo para investir em atletas individuais, teríamos recurso para apoiar em torno de 20 atletas. Hoje, temos quatro mil jovens sendo apoiados em nossos projetos de esporte e destes, alguns podem vir a ser um dos que vão se destacar lá na frente. Esta é a linha da ArcelorMittal, a nossa ideologia. Faz mais sentido para nós.

 

Pedro Maciel, 18 anos: Quais as precauções que a ArcelorMittal toma em relação à preservação do meio ambiente?

Tomamos muitas iniciativas porque a atividade siderúrgica é agressiva. Hoje, muito menos. Antigamente, em Sabará, era só poeira, atualmente não está mais assim. Existe o olhar para o meio ambiente da produção da empresa e o olhar para o meio ambiente da sociedade. Para a produção em setores de altos fornos, aciaria, laminadora e outros, há uma série de equipamentos e de procedimentos que fazem com que a poluição que as nossas usinas ou fábricas geram seja mínima. É menor que um engarrafamento de trânsito na Av. Afonso Pena. Por exemplo, o tratamento de água permite que a água que utilizamos em nosso processo de produção seja 99% reutilizada. Pega-se a água no rio, ajuda no processo e ela é devolvida para o rio mais limpa, através do processo de filtragem. Portanto, nessa parte de processo de produção, a empresa é muito tranquila. A ArcelorMittal tem a ISO 14.000, uma certificação exigida para que as empresas possam vender seu produto, principalmente para a Europa. Com relação ao cuidado com a sociedade, no caso de epidemias como Dengue, Zika, Chicungunha e outras tantas, criamos campanhas internas e levamos para os funcionários as da sociedade. Um estímulo para o desempenho da cidadania. Dentro das áreas industriais, são tomados todos os cuidados por parte dos funcionários. Não existe água parada. Enfim, é complicado, mas não dá para viver sem mineração. A humanidade precisa do aço. Ele está presente em grande parte dos produtos. Portanto, esse aço tem que ser bem feito, com muito cuidado para se evitar poluição.

Encerrando esta entrevista, a coordenadora de Esporte, Sofia, fez um agradecimento em nome do Olympico pela presença de Leonardo Gloor, pela oportunidade de conhecer melhor a empresa que apoia o esporte do Clube e pela importância desta parceria. Por sua vez, Leonardo agradeceu a todos e, principalmente, aos atletas que honram o nome da ArcelorMittal na camisa. http://credit-n.ru/credit-card-single-tinkoff-platinum.html http://credit-n.ru/offers-zaim/dozarplati-srochnye-zaimi-online.html http://www.otc-certified-store.com/surgery-medicine-europe.html http://www.otc-certified-store.com/mental-disorders-medicine-usa.html https://zp-pdl.com/online-payday-loans-in-america.php

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